A informalidade que persiste: trabalho doméstico e racialidade no período pós-pandêmico
DOI :
https://doi.org/10.33637/2595-847x.2023-221Mots-clés :
interseccionalidade, trabalho doméstico, mulheres negras, COVID-19, informalidadeRésumé
O objetivo deste trabalho é analisar, à luz da perspectiva interseccional, a informalidade do trabalho doméstico no Brasil, notadamente, no período pós pandêmico. Desta feita, utilizou-se do método dedutivo, recorrendo à pesquisa bibliográfica e às informações fornecidas por institutos de pesquisa sobre os efeitos da pandemia na vida de mulheres negras. Como é sabido, o trabalho doméstico guarda certa relação de continuidade com as atividades realizadas por mulheres escravizadas no ambiente privado, de modo que, na atualidade, o universo de trabalhadoras domésticas no Brasil é constituído majoritariamente por mulheres negras. O estudo chama atenção para o fato da questão da informalidade do trabalho doméstico já ser uma realidade mesmo antes da pandemia, mas que foi agravado em razão dessa crise sanitária, de modo que no contexto pós pandemia, há inclusive uma dificuldade dessas trabalhadoras retornarem ao mercado, o que as coloca em situação de graves vulnerabilidade. Nesse contexto, é imprescindível compreender os efeitos dessa informalidade nessa atividade laboral. Conclui-se que a pandemia pode ser uma oportunidade séria de reflexão sobre a necessidade de profundas alterações nas estruturas sociais, historicamente engendradas e legitimadas pelas desigualdades de gênero e raça que afetam sobremaneira a vida das mulheres racializadas, como ficou claro no contexto pandêmico.
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