A organização do trabalho, o risco psicossocial e o adoecimento
DOI:
https://doi.org/10.33637/2595-847x.2019-35Palavras-chave:
Organização do trabalho, AdoecimentoResumo
As transformações pelas quais o mundo do trabalho vem passando, em especial o surgimento de novas tecnologias, a globalização e a reestruturação produtiva, fizeram com que surgissem também novas formas de organização do trabalho. Esse artigo tem como objetivo analisar e realizar reflexões acerca das formas de gestão e organização do trabalho que tem como base, entre outros, a cobrança de metas abusivas e o controle ostensivo dos trabalhadores, com o objetivo de intensificação do trabalho e o aumento contínuo de produtividade, e estudar as consequências para os trabalhadores advindas dessas práticas. Será ainda discutido como o conceito de resiliência vem sendo adotado no contexto organizacional como uma competência a mais que o trabalhador deve ter, e no sentido de não se permitir falhas no sistema. A investigação foca as atividades bancárias e de teleatendimento. A análise será feita a partir de dados de fiscalizações realizadas pela auditoria fiscal do trabalho do extinto Ministério do Trabalho (hoje Ministério da Economia). Serão analisados quatro relatórios de ações fiscais, bem como relatórios de análise de doenças psíquicas relacionadas ao trabalho. Nesse contexto serão discutidos ainda os limites do poder diretivo que, ao adotar essas práticas como legítimas e naturais, na busca por aumento de produtividade e lucro, ignoram questões éticas e os riscos gerados para a saúde dos trabalhadores.
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