Apontamentos sobre escravidão e racismo no Brasil
DOI :
https://doi.org/10.33637/2595-847x.2022-141Mots-clés :
racismo, escravidão, democracia racial, trabalho forçado, trabalho escravo contemporâneoRésumé
O presente texto busca compreender a relação entre raça e escravidão, ao longo da constituição da sociedade brasileira, e a sua contribuição para a manutenção da exploração predatória de certos grupos sociais, notadamente africanos, ameríndios e seus descendentes, ou seja, os percebidos como não-brancos. Através de pesquisa bibliográfica, se percebe que a atual ideia de raça e de racismo se constituiu a partir do século XV, com a escravidão colonial, se consolidou no século XIX com a segunda escravidão aliada ao racismo científico e persistiu no decorrer do século XX, amparada pelo mito da democracia racial e pela ideologia do branqueamento. Nessas duas primeiras décadas do século XXI, embora algumas pesquisas indiquem que a maior parte de pessoas submetidas ao trabalho análogo ao de escravo é negra, parda ou indígena, poucos são os dados sobre a raça dos envolvidos. O silêncio da cor como fator relevante na análise do escravismo contemporâneo, impede a adoção de medidas afirmativas voltadas especificamente aos trabalhadores negros, o que limita as possibilidades de erradicação do trabalho escravo contemporâneo.
Téléchargements
Téléchargements
Publiée
Comment citer
Numéro
Rubrique
Licence
Ce travail est disponible sous licence Creative Commons Attribution - Pas d’Utilisation Commerciale - Partage dans les Mêmes Conditions 4.0 International.