Discriminações por gênero e orientação sexual no ambiente de trabalho
DOI:
https://doi.org/10.33637/2595-847x.2023-222Palavras-chave:
sexualidade, consubstancialidade, homonegatividade, divisão sexual do trabalho, homofobiaResumo
Este artigo visa discutir e propor uma ampliação às reflexões em torno do legado de pesquisas centradas na divisão sexual do trabalho e em que medida esta divisão tem se mantido de formas reconfiguradas nas relações de trabalho e repercutido em relações de gênero desiguais. A ampliação, que no âmbito teórico é proposta ao trazer à cena a orientação sexual como parte das discussões de gênero no trabalho, enquadrando a homofobia como parte discussão sobre a dominação masculina e mobilizando a categoria analítica de homonegatividade, é também aventada ao recuperar resultados de pesquisas empíricas que evidenciaram discriminações no ambiente de trabalho fundadas ou associadas à orientação sexual, declarada ou suposta. Um dos resultados encontrados é o de que esta discriminação varia de acordo com o grau de homonegatividade no local de trabalho, afetando a manifestação ou ocultação da orientação sexual no local de trabalho - diferente do caso do sexo de quem trabalha, que não seria possível “omitir”. Com o conjunto de categorias e situações aqui reunidos e discutidos, acredita-se contribuir na construção de parâmetros e critérios de identificação de violências, discriminações e violações de direitos no ambiente de trabalho fundados em critérios de gênero - mais especificamente, de um modo particular de compreender gênero que leva em conta a dimensão da sexualidade, cuja caracterização é um passo fundamental para seu posterior enfrentamento.
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