Mulheres negras e heranças coloniais: uma análise sobre a Feira Preta
DOI:
https://doi.org/10.33637/2595-847x.2023-208Palavras-chave:
Afroempreendedorismo, Socialização, ColonialResumo
O objetivo do presente artigo é entender como as dinâmicas coloniais que se expressam através do patriarcado, raça e classe permeiam a Feira Preta através das afroempreendedoras que compõe parte do evento, expondo seus produtos e serviços. Dessa forma, refletimos a partir de referenciais teóricos sobre o processo colonial, a fim de elucidarmos o caráter colonialista de nossas socializações. Como optamos por uma metodologia qualitativa, além das revisões bibliográficas, esse artigo conta também com a análise de entrevistas semiestruturadas que foram feitas em dezembro de 2019 com seis afroempreendedoras, no 18° aniversário da Feira Preta. A partir das construções feitas ao longo do artigo, considerou-se que nenhuma análise sobre a realidade pode ser feita sem considerar gênero, raça e classe – sobretudo pensando o mundo do trabalho – e que essas são heranças do período colonial; além disso, percebemos que as dinâmicas coloniais estão presentes na realidade das afroempreendedoras através de suas falas e que, para além do afroempreendedorismo ser uma forma de sobrevivência da população negra, é também uma forma de promover a ancestralidade e cultura africana.
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