Mulheres negras e heranças coloniais: uma análise sobre a Feira Preta

Autores

  • Ana Luiza Almeida Passos Mestranda do Programa Ciências Humanas e Sociais (PCHS) da Universidade Federal do ABC (UFABC) e bacharela do curso de Ciência Política e Sociologia (CPS) da Universidade Federal da Integração Latino Americana (UNILA). https://orcid.org/0000-0002-8733-4809
  • Arlene Martinez Ricoldi Professora adjunta dos Bacharelados de Ciências e Humanidade e Políticas Públicas, e da Pós- Graduação em Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal do ABC. https://orcid.org/0000-0002-2330-7633

DOI:

https://doi.org/10.33637/2595-847x.2023-208

Palavras-chave:

Afroempreendedorismo, Socialização, Colonial

Resumo

O objetivo do presente artigo é entender como as dinâmicas coloniais que se expressam através do patriarcado, raça e classe permeiam a Feira Preta através das afroempreendedoras que compõe parte do evento, expondo seus produtos e serviços. Dessa forma, refletimos a partir de referenciais teóricos sobre o processo colonial, a fim de elucidarmos o caráter colonialista de nossas socializações. Como optamos por uma metodologia qualitativa, além das revisões bibliográficas, esse artigo conta também com a análise de entrevistas semiestruturadas que foram feitas em dezembro de 2019 com seis afroempreendedoras, no 18° aniversário da Feira Preta. A partir das construções feitas ao longo do artigo, considerou-se que nenhuma análise sobre a realidade pode ser feita sem considerar gênero, raça e classe – sobretudo pensando o mundo do trabalho – e que essas são heranças do período colonial; além disso, percebemos que as dinâmicas coloniais estão presentes na realidade das afroempreendedoras através de suas falas e que, para além do afroempreendedorismo ser uma forma de sobrevivência da população negra, é também uma forma de promover a ancestralidade e cultura africana.

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Publicado

2023-09-18

Como Citar

Passos, A. L. A., & Ricoldi, A. M. (2023). Mulheres negras e heranças coloniais: uma análise sobre a Feira Preta. Laborare, 6(11), 119–134. https://doi.org/10.33637/2595-847x.2023-208

Edição

Seção

Gênero, Trabalho, Interseccionalidades e Atravessamentos